Poder360
O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, ofereceu nesta s
egunda-feira (4) à noite o Ministério do Esporte para o PP. A proposta foi feita depois de uma longa conversa com o deputado federal André Fufuca (PP-MA), que é líder da legenda e pretende ser ministro, até mesmo, para se promover visando as eleições de 2024. Padilha disse que o governo se comprometeria a aumentar o orçamento do Esporte para 2024 caso o PP aceitasse a vaga. Fufuca conversou com integrantes de sua bancada (que tem 49 deputados). A opinião majoritária foi a de que o partido não deveria aceitar a proposta do Planalto para ocupar o Esporte.
Líderes do PP acham que ir
para o Esporte seria um “downgrade” em relação ao que o próprio presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) havia sinalizado para o partido, que era a entrega do
Ministério do Desenvolvimento Social (ainda que desidratado do programa Bolsa
Família). Com essa recusa do PP, fica parada a reforma ministerial para
incorporar o Centrão ao governo Lula. Nesta fase de negociações há dois
partidos discutindo com o Planalto sobre como poderia ser a participação na
administração federal: PP e Republicanos. Há um acordo entre essas duas
agremiações para só aceitar o embarque no governo se todas as nomeações forem feitas de uma vez, e não de
maneira fragmentada. Com a iminente recusa do PP para ir para o Esporte, a
reforma ministerial fica parada e talvez não evolua nos próximos dias, pois
Lula viaja ao exterior.
Há também certa irritação de
líderes do Centrão com os vazamentos de informações promovidos pelo Planalto.
Na 2ª feira (4.set.2023), as Redações de veículos jornalísticos foram inundadas
com a informação de que o PP estaria pronto para aceitar o Ministério do
Esporte “com orçamento turbinado” (expressão difundida pelo governo) para 2024.
À noite, isso não se consumou.
A promessa do governo Lula havia sido entregar o Ministério do Desenvolvimento Social para o PP, e o Ministério de Portos e Aeroportos para o Republicanos. Além disso, PP ficaria com a presidência da Caixa Econômica Federal e o Republicanos com o comando da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).