Deputado Sóstenes Cavalcante nega acusações e sugere motivação política em operação da Polícia Federal
Sóstenes, em entrevista, declarou que o único veículo alugado por seu gabinete é um Toyota Corolla, locado desde 2016, e destacou que o contrato está abaixo do valor de mercado. "Sempre busquei economizar recursos públicos e conduzir meu mandato com responsabilidade e transparência", afirmou.
O parlamentar também demonstrou surpresa com a ação da Polícia Federal justamente em um momento estratégico de sua carreira política. "Acho muito estranho que isso venha a acontecer exatamente agora, quando meu nome é cotado para liderar a bancada do PL na Câmara a partir de 1º de fevereiro", disse Sóstenes, sugerindo que as investigações podem ter um viés político.
A operação autorizada pelo ministro do STF, Flávio Dino, que investiga possíveis desvios de verbas indenizatórias por meio de contratos de locação, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a assessores do deputado e a outras pessoas supostamente envolvidas no esquema. A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes mais aprofundados sobre as provas obtidas ou os próximos passos da investigação.
Aliado de lideranças do PL e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes é uma figura influente no Congresso Nacional, especialmente no segmento conservador. Sua possível indicação à liderança da bancada do partido seria estratégica para o PL, que busca consolidar sua posição na Câmara em 2024.
Especialistas em política veem a operação como um possível divisor de águas na trajetória do parlamentar. "Se for comprovada a lisura de sua gestão, ele sairá fortalecido. Caso contrário, pode ser um duro golpe para sua imagem pública e para suas aspirações dentro do partido", avaliou o cientista político Paulo Ribeiro.
A Câmara dos Deputados informou que acompanha o caso e reiterou a necessidade de respeitar o devido processo legal. Sóstenes declarou que está à disposição das autoridades para esclarecer qualquer dúvida e reforçou sua confiança na Justiça.
Enquanto isso, o caso reacende o debate sobre a transparência na gestão das verbas indenizatórias por parlamentares e o uso de investigações judiciais em momentos críticos do jogo político.
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