Qual será a relação?
O governo brasileiro está
sendo criticado por não repudiar diretamente os ataques do Hamas contra Israel no
último dia 7 de outubro.
Nesta terça-feira (10), foi
confirmada a morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio
Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos, em Israel.
Mais uma vez, o governo
liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é criticado duramente, por ter
divulgado uma Nota Oficial dizendo que tomou conhecimento do falecimento do
brasileiro e prestando solidariedade aos familiares e amigos, entretanto, a
nota de apenas duas linhas não cita o Hamas. Diz apenas que “repudia” qualquer
tipo de violência contra civis.
A morte do brasileiro parece
não importar para o PT, que fala em falecimento ao invés de assassinato por
atentado.
A jornalista Mônica
Waldvogel, nesta segunda-feira (9), falou no Em Ponto, da Globo News, sobre uma
suposta ligação entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Hamas. Por esse
motivo, os petistas passaram a atacar a profissional da imprensa a acusando de
ter publicado noticia falsa, mas a Globo News mostrou um manifesto assinado por
deputados do PT, em 2021 defendendo o Hamas como resistência a Israel, que não
negociaria para que o povo palestino tivesse paz.
A emissora diz que a
apresentadora vai voltar ao assunto na próxima edição do programa, nesta terça-feira
(10), para explicar o que quis dizer.
Veja
o comunicado da Globo na íntegra:
"Amanhã, no Em Ponto,
Mônica Waldvogel vai reiterar que se referiu não ao PT como um todo, mas a um
manifesto assinado, em 2021, por representantes do partido”.
Nele, os signatários afirmam
que:
'Resistência não é
terrorismo!
Todo apoio ao povo palestino
na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças
brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo
descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti
Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico - Hamas, a designação
de 'organização terrorista', alegando falsamente que o Movimento palestino
seria 'fundamentalmente e radicalmente antissemita'.
Este posicionamento
representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a
posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e
aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina
contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em
favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos
e aos seus direitos legítimos.
O direito à resistência
assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações
Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970,
2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação
colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se
defender.
A resistência é um legítimo
direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos
humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão
e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de
libertação e pelo seu Estado nacional palestino.
Brasil, 23 de novembro de 2021.'
Mônica vai informar também
que, no site do programa, os assinantes poderão encontrar os nomes dos
seguintes deputados do PT que assinaram o manifesto:
Deputado Zeca Dirceu (PT-PR)
Deputado Paulo Pimenta
(PT-RS)
Deputado Alexandre Padilha
(PT-SP)
Deputada Érika Kokay (PT-DF)
Deputada Professora Rosa
Neide (PT-MT)
Deputado Enio Verri (PT-PR)
Deputado Helder Salomão
(PT-ES)
Deputado Nilto Tatto (PT-SP)
Deputado Padre João (PT-MG)
Deputado Paulão
(PT-AL)."