terça-feira, 10 de outubro de 2023

Qual será a relação?

 


Qual será a relação?

 

O governo brasileiro está sendo criticado por não repudiar diretamente os ataques do Hamas contra Israel no último dia 7 de outubro.

Nesta terça-feira (10), foi confirmada a morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos, em Israel.

Mais uma vez, o governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é criticado duramente, por ter divulgado uma Nota Oficial dizendo que tomou conhecimento do falecimento do brasileiro e prestando solidariedade aos familiares e amigos, entretanto, a nota de apenas duas linhas não cita o Hamas. Diz apenas que “repudia” qualquer tipo de violência contra civis.

A morte do brasileiro parece não importar para o PT, que fala em falecimento ao invés de assassinato por atentado.

A jornalista Mônica Waldvogel, nesta segunda-feira (9), falou no Em Ponto, da Globo News, sobre uma suposta ligação entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Hamas. Por esse motivo, os petistas passaram a atacar a profissional da imprensa a acusando de ter publicado noticia falsa, mas a Globo News mostrou um manifesto assinado por deputados do PT, em 2021 defendendo o Hamas como resistência a Israel, que não negociaria para que o povo palestino tivesse paz.

A emissora diz que a apresentadora vai voltar ao assunto na próxima edição do programa, nesta terça-feira (10), para explicar o que quis dizer.

Veja o comunicado da Globo na íntegra:

"Amanhã, no Em Ponto, Mônica Waldvogel vai reiterar que se referiu não ao PT como um todo, mas a um manifesto assinado, em 2021, por representantes do partido”.

Nele, os signatários afirmam que:

'Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico - Hamas, a designação de 'organização terrorista', alegando falsamente que o Movimento palestino seria 'fundamentalmente e radicalmente antissemita'.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.'

Mônica vai informar também que, no site do programa, os assinantes poderão encontrar os nomes dos seguintes deputados do PT que assinaram o manifesto:

Deputado Zeca Dirceu (PT-PR)

Deputado Paulo Pimenta (PT-RS)

Deputado Alexandre Padilha (PT-SP)

Deputada Érika Kokay (PT-DF)

Deputada Professora Rosa Neide (PT-MT)

Deputado Enio Verri (PT-PR)

Deputado Helder Salomão (PT-ES)

Deputado Nilto Tatto (PT-SP)

Deputado Padre João (PT-MG)

Deputado Paulão (PT-AL)."  

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