Lula também proibiu que ministros editem portarias sem aval prévio da Casa Civil
Por Nildo Costa - 19/01/2025 – às 10h49
Avaliação e Ajustes
Em sua fala, Lula destacou que os primeiros dois anos de
governo foram dedicados a “arrumar a casa” e estabelecer as bases para projetos
estruturais. Segundo o presidente, agora é o momento de colher os frutos das
políticas públicas implementadas. Apesar disso, reconheceu que as entregas
feitas até agora ainda estão aquém do prometido durante a campanha eleitoral de
2022.
“Muitas das coisas plantadas ainda não brotaram. Este ano
será decisivo para a história e para a biografia dos ministros”, afirmou Lula,
enfatizando a necessidade de foco e dedicação para que as metas sejam
atingidas.
Foco nas Políticas Públicas
O presidente pediu maior empenho dos ministros na
implantação de políticas que promovam o crescimento econômico e o
desenvolvimento social do país. “O que precisamos agora é colher o que foi
semeado. Precisamos melhorar a vida do povo brasileiro, ampliar o acesso à
educação e criar mais oportunidades de trabalho”, declarou.
Recado Claro Sobre Governança
Lula também proibiu que ministros editem portarias sem aval
prévio da Casa Civil, uma decisão que pareceu ser uma resposta direta à
polêmica recente envolvendo a Receita Federal. A tentativa do órgão de
monitorar transações financeiras via Pix e cartões de crédito gerou grande
desgaste ao governo. A medida foi interpretada como um sinal de controle mais
rigoroso sobre as decisões administrativas do governo.
Relações Internacionais
Ao abordar a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, Lula expressou esperança de que o novo mandato do líder norte-americano
seja produtivo. “Espero que Trump faça uma administração profícua para que o
povo americano volte a ser feliz”, afirmou. Lula também reforçou seu
compromisso com a paz e a cooperação internacional, declarando que deseja
manter relações comerciais saudáveis com países como Estados Unidos, China,
Venezuela, Rússia e Índia.
Alianças Políticas
Outro ponto relevante da reunião foi o alerta de Lula aos
partidos aliados. O presidente ressaltou que, embora conte com o apoio dessas
legendas atualmente, não tem garantias de que estarão em seu palanque na
eleição de 2026. Ele pediu aos ministros que fortaleçam a aproximação política
com os aliados, buscando consolidar a base de apoio ao governo.
Com a reunião, Lula dá início a um ano que promete ser
decisivo para o governo, com desafios internos e externos, mas também
oportunidades de avançar em sua agenda de crescimento e inclusão social. As
próximas semanas serão fundamentais para verificar como as orientações dadas
pelo presidente se traduzirão em ações concretas.
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