Os liados do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, pré-candidato a presidente em 2022, apoiam o presidente da Rússia, Vladimir Putin no conflito com a Ucrânia.
Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que Lula
defende seu modelo de governo, foi incisivo ao declarar apoio aos movimentos de
Putin na Ucrânia. Maduro afirmou que tem “certeza de que a Rússia sairá dessa batalha
unida e vitoriosa” e declarou “todo o apoio ao presidente Putin e seu povo”.
Mesmo sem apresentar provas, o presidente venezuelano
disse que a OTAN planeja cercar a Rússia e destruir o país.
A Venezuela é historicamente uma grande aliada
geopolítica da Rússia no mundo. O governo de Putin tem cooperação militar,
econômica e estratégica com o país latino-americano, a quem fornece
equipamentos militares e mantém laços econômicos.
Nicarágua
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, país que recebeu
milhões de reais do governo Lula, foi um dos primeiros líderes mundiais a
apoiar publicamente a posição da Rússia sobre a Ucrânia. Ortega disse que Putin
estava certo ao reconhecer duas regiões separatistas do leste da Ucrânia como
independentes.
“Tenho certeza de que, se eles fizerem um referendo como
o realizado na Crimeia, as pessoas votarão para anexar os territórios à
Rússia”, disse Ortega, um oponente de longa data da influência dos EUA na
América Central.
Ortega disse também que a tentativa da Ucrânia de
ingressar na Otan representa uma ameaça à Rússia. “Se a Ucrânia entrar na Otan,
eles dirão à Rússia que vamos à guerra, e isso explica porque a Rússia está
agindo assim. A Rússia está simplesmente se defendendo”, afirmou.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Borisov, chegou
a viajar na última semana para a Nicarágua, Venezuela e Cuba.
Cuba
Embora tenha defendido uma solução diplomática para o
conflito na Ucrânia, a Cuba criticou fortemente os EUA por imporem “a expansão
progressiva da OTAN em direção às fronteiras da Federação Russa”. Em
comunicado, o Ministério das Relações Exteriores cubano disse que os EUA
aumentaram as ameaças contra Putin e por isso agravaram a crise.
“O governo dos EUA vem ameaçando a Rússia há semanas e
manipulando a comunidade internacional sobre os perigos de uma ‘invasão maciça
iminente’ da Ucrânia. Forneceu armas e tecnologia militar, enviou tropas para
vários países da região, aplicou sanções unilaterais e injustas e ameaçou
outras represálias”, diz o comunicado.
Vyacheslav Volodin, presidente da Duma da Rússia, a
câmara baixa do parlamento, disse durante uma visita a Cuba que os EUA estão
tentando reprimir os dois países com sanções injustificadas, de acordo com um
comunicado transmitido pela televisão estatal cubana.
“Eles não querem ver uma Rússia forte, eles não querem
que a Rússia seja autossuficiente, e o mesmo para Cuba, eles não querem ver um
povo livre, eles não querem ver um país independente. país”, disse Volodin a
parlamentares cubanos.